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FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM
quarta-feira, 30 de abril de 2008


Hoje acordei meio down, uma enxurrada caía do céu nessa cidade, o que favoreceu esse meu humor cinzento. É engraçado que quando fazemos terapia,
a gente se obriga a visitar lugares dos quais sempre vínhamos evitando. Fatos, situações e lembranças da minha infância parecem muito mais doídos hoje do
que na própria época. É quase como uma caverna, um buraco negro que a gente sabe que está lá, sabe inclusive muito bem o seu conteúdo, mas que prefere cruzar pela rua paralela a passar pela frente. Não existe crescimento sem sofrimento e aprendi meio na marra que para a ferida virar cicatriz é preciso muitos cutucões no machucado, muita drenagem de pûs, algumas arrancadas de casquinhas...
Estava assim então pensativa, questionando muita coisa e com vontade de chorar mas daí lembrei que logo cedo eu tinha um compromisso e não ía ficar legal chegar lá com os olhos vermelhos. Ás vezes sinto vergonha de chorar pois sou a própria mulher de açúcar, que se derrete por tudo. Choro ao escutar uma bela música, ao ler uma poesia, ao ver um comercial ou documentário que me toca. Festa de escola, no dia das mães nem se fala...em 2006 no Maternal, a turminha da minha filha cantou "Como é grande o meu amor por você", e eu que estava lá na fila do gargarejo chorei bicas a ponto de deixar preocupado quem estava em volta, afinal eu estava prestes a ganhar a minha segunda nenê.
Então pela manhã acabei conversando com uma amiga no msn, algo despretensioso. No meio da conversa ela abriu o coração mais uma vez e contou-me de sua angústia, que não cabe revelar aqui. Ela anda sufocada, sem conseguir se abrir com mais alguém. Nessa hora sinto-me importante por ser, talvez naquele pequeno espaço de tempo, o porto seguro de alguém. Na verdade considero-me uma boa ouvinte e quando estou a fim o meu ombro amigo é bem gostoso. Algumas vezes problemas dos outros me tocam a tal ponto de me influenciar, de ficar triste também. Mas tenho aprendido aos poucos me libertar disso. O meu grande problema, e na semana passada, ainda conversávamos eu e meu marido sobre isso, é que eu vivo demais as emoções, inclusive a de terceiros. Tipo, não consigo não me envolver, entendeu? Mas a nossa conversa foi boa, dei algumas dicas e notei que ela absorveu muita coisa do que lhe ofereci. Em dado momento demorava a responder e eu tinha certeza de que estava enxugando as lágrimas.
Ela me agradeceu e disse o quanto eu tinha sido importante. Senti que ela esvaziou o coração e depois voltei a mim e notei também que aquela minha tristeza tinha ido embora com o fim dessa nossa conversa. Muitas vezes o que achamos que é problema, é na verdade um probleminha. Para mim, pequenas coisas ajudam a curar as dores da alma. Só o fato de ajudar e de saber que fui importante já chega.
Pronto! Tô de bem de novo!